Com o Verão agitando todo o Brasil, os dias quentes, com aquele sol, são bem convidativos para uma praia, piscina, cachoeira… Tudo para se refrescar e pegar um bronzeado saudável. Mas, junto com todas essas coisas agradáveis, vem também a insegurança de expor o corpo, e aquelas gordurinhas localizadas que tanto incomodam, não é?!
E um dos maiores desejos de boa parte das pessoas é se ver livre dessas inconvenientes gordurinhas, tanto que a lipoaspiração continua sendo um dos procedimentos mais buscados nas clínicas de estética no Brasil e no mundo. Mas você sabia que existe uma técnica derivada da lipo tradicional, considerada mais simples, menos invasiva e que possibilita ao paciente poder voltar para casa em poucas horas e retomar suas atividades em um curto período?
Trata-se da hidrolipoaspiração, que retira pequenos depósitos de gordura de regiões específicas do corpo. Este procedimento aborda apenas uma área a cada sessão, diferente da lipo convencional, que acaba sendo mais abrangente. “A hidrolipo é a lipoaspiração feita em clínica, mediante infiltração da área a ser abordada com solução anestésica”, explica a médica cirurgiã plástica Dra. Thamy Motoki, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a médica, tanto a lipo, quanto a hidrolipo partem do mesmo princípio: a retirada de gordura de áreas onde há o acúmulo, com a infiltração de solução que diminui o sangramento. “No caso da hidrolipo, por ser feita em clínica, adicionamos anestésico na solução e limitamos a quantidade de gordura e o número de áreas a serem abordadas em cada sessão. Já na lipoaspiração tradicional, realizada em hospital, várias regiões são abordadas ao mesmo tempo, para retirar uma maior quantidade de gordura de uma só vez, desde que respeite o limite de segurança calculado de acordo com o peso do paciente”, detalha a Dra. Thamy.
A hidrolipo pode ser realizada em qualquer região: braços, coxas, abdome inferior, bananinha, papada, monte púbis, entre outras. Mas as áreas mais procuradas para a retirada de gordura através dessa técnica são a parte inferior do abdome e a papada.
Como é realizada
A cirurgiã plástica explica que na hidrolipo, o paciente é submetido ao procedimento acordado, em clínica especializada, e devidamente equipada. Respeitando as normas de segurança e técnicas de assepsia.
“Realizamos a infiltração de solução anestésica na região a ser abordada com uma pequena cânula. Depois é feita a aspiração da gordura. Muitas vezes utilizo também tecnologias associadas como o laser ou a radiofrequência (Bodytite), para ajudar na melhora da qualidade da pele e na retração da mesma”, detalha a médica, garantindo que as cicatrizes da hidrolipo são bem pequenas, com cerca de 1 centímetro, e ficam escondidinhas em locais estratégicos.
Os cuidados pós procedimento são simples e no mesmo dia o paciente já consegue retomar suas atividades. “É preciso apenas evitar grandes esforços por um período de sete dias e não se expor ao sol, caso fique com alguma área roxa (equimose), ou a cicatriz estiver vermelha, o que é normal no pós-operatório. Isso para prevenir o escurecimento dessas cicatrizes (hipercromia)”, aconselha a Dra. Thamy.
A médica explica que os resultados da hidrolipoaspiração já podem ser vistos assim que o inchaço (edema) da cirurgia regride, em torno de 3 semanas.
Quem pode fazer
O procedimento da hidrolipo é indicado para pessoas com acúmulo de gordura em determinadas áreas. “Não é recomendado para emagrecimento e nem para pacientes com doenças descompensadas, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes, entre outras”, alerta a cirurgiã.
A hidrolipo pode ser realizada mais do que uma vez, mas é preciso um intervalo de pelo menos duas semanas entre as intervenções e que sejam realizadas em áreas diferentes do corpo. “Por exemplo: quem quer fazer hidrolipo dos braços e das coxas, faz uma região por vez, com intervalo de 2 semanas. Os valores do procedimento dependem da parte do corpo em que é feita e se será empregada, ou não, alguma tecnologia adicional. Sempre peço aos pacientes que passam em consulta para uma avaliação adequada de cada caso”, pontua e aconselha Dra. Thamy Motoky.